sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Trabalho infantil reduz em 17,2% a aprovação escolar, diz pesquisa

O estudo da Fundação Telefônica Vivo mostra os efeitos do trabalho de crianças e adolescentes no desempenho escolar

Um estudo encomendado pela Fundação Telefônica Vivo aponta que o trabalho infantil prejudica o desempenho escolar das crianças, reduzindo em 17,2% a aprovação, além de elevar a taxa de evasão em 22,6%. A pesquisa, feita pela consultoria Tendências nos países do Cone Sul (Brasil Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile), mostra que 20% dos adolescentes que trabalham não frequentam a escola.

O trabalho infantil é definido pelo Organização Internacional do Trabalho (OIT) como qualquer atividade econômica exercida por crianças com menos de 12 anos, bem como funções exercidas por jovens abaixo dos 18 anos, enquadradas como "piores formas de trabalho” - tarefas que em geral afetam a saúde mental e física do adolescente.

Segundo o estudo, a maioria das crianças e adolescentes ocupados no Brasil está nas regiões Nordeste e Sudeste. O perfil dessas crianças é geralmente de meninos, primogênitos e afrodescendentes. No Brasil e no Paraguai, as principais atividades infantis estão relacionadas à agricultura. No Chile, Argentina e Uruguai, o trabalho infantil e adolescente está ligado ao comércio e varejo.

A pesquisa também aponta que crianças e adolescentes com nível educacional semelhante ao de adultos - e na mesma atividade econômica - ganham muito menos, sendo desprovidos de benefícios trabalhistas – 68,8% dos adolescentes entre 16 e 17 anos trabalham sem carteira assinada.

De 1999 a 2011, o número de crianças e adolescentes que trabalham diminuiu 44,6%. No entanto, ainda existem no País 3,67 milhões de crianças trabalhando, muitas delas em condições degradantes. Segundo o estudo, a erradicação do trabalho infantil aumenta o nível educacional e, consequentemente, gera ampliação da renda e melhor desempenho econômico e de políticas públicas. O recorte estima ainda que implementar políticas de erradicação no Cone Sul, entre 2006 e 2026, deverá trazer benefícios totais de US$ 77,1 bilhões para a economia.

A pesquisa foi divulgada pelo Grupo Telefônica durante o Encontro Internacional sobre Trabalho Infantil, realizado nesta segunda-feira, em São Paulo.

http://www.terra.com.br/portal/

Fonte: Portal Terra

(Editor: Otávio Araújo)

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

MEC abre inscrições para Prêmio Professores do Brasil

O MEC (Ministério da Educação) publicou no Diário Oficial da União desta segunda-feira (26) as regras para o 7º Prêmio Professores do Brasil. As inscrições, via internet e envio de material, serão realizadas entre hoje e 30 de outubro. A premiação pode chegar a R$ 11 mil.

O cadastro deve ser feito no site www.premioprofessoresdobrasil.mec.gov.br - o horário de início das inscrições ainda não foi divulgado. A documentação que comprove a realização do trabalho deve ser enviada, por via postal, para o endereço:
Prêmio Professores do Brasil - 7ª Edição
Pronecim - Programa Núcleo de Estudos de Ciência e Matemática
CAVG - Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça
Rua Ildefonso Simões Lopes, 2791 - Bairro Sanga Funda
CEP: 96060-290 - Pelotas - RS - Brasil

O prêmio irá selecionar e premiar experiências pedagógicas desenvolvidas por professores das escolas públicas, instituições educacionais comunitárias, filantrópicas e confessionais, conveniadas aos sistemas públicos de ensino, em uma das etapas da educação básica.

Segundo a portaria, serão premiados cinco professores (um por cada região geográfica do país) em cada uma das oito subcategorias, totalizando 40 experiências selecionadas. Confira abaixo as categorias de premiação:
Subcategorias da categoria Temas Livres:
Educação infantil;
séries/anos iniciais do ensino fundamental;
séries/anos finais do ensino fundamental;
ensino médio.
Subcategorias da categoria Temas Específicos:
Educação integral e integrada;
ciências para os anos iniciais;
alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental;
educação digital articulada ao desenvolvimento do currículo

Apenas poderão ser inscritas experiências com resultados comprovados durante o ano letivo de 2012 ou 2013 até a data de início da inscrição.
Premiação

De acordo com o MEC, os autores das experiências selecionadas pela Comissão Julgadora Nacional, independentemente da categoria em que concorrerem, receberão prêmio no valor de R$ 6.000. Os primeiros colocados em cada uma das oito subcategorias receberão, adicionalmente, a importância de R$ 5.000.

As escolas nas quais foram desenvolvidas as experiências selecionadas serão premiadas com placas comemorativas.

A divulgação do resultado deve ocorrer no mês de novembro, porém a data ainda não foi definida.

http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/08/26/mec-abre-inscricoes-para- premio-professores-do-brasil-nesta-segunda.htm
Fonte: UOL Educação

(Editor: Otávio Araújo)

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

TECNOLOGIA AVANÇA NA SALA DE AULA, MAS FALTA MATERIAL DIDÁTICO ADEQUADO

O desenvolvimento de materiais didáticos digitais não tem acompanhado a criação e a adaptação de ferramentas tecnológicas para as salas de aula. Computadores deram lugar a notebooks, já em substituição por tablets, mas a disponibilidade de conteúdos didáticos não cresce na mesma velocidade, nem aproveita todo o potencial das ferramentas.

A carência de materiais adequados a todas essas ferramentas é considerada outro entrave para o aproveitamento total das tecnologias em sala de aula. A constatação, do próprio Ministério da Educação, fez com que o governo federal decidisse investir na produção de conteúdos educacionais digitais.

Segundo Mônica Gardelli Franco, diretora de Formulação de Conteúdos Educacionais do Ministério da Educação, responsável pela área, há um esforço para integrar todos os conteúdos já produzidos pelo ministério e outros ainda em produção a todas as ferramentas disponíveis. Nessa lista, está o conteúdo preparado para projetos como TV Escola, Portal do Professor, Revista Escola, e-Proinfo e Sala do Professor.
"Estamos trabalhando com o objetivo de produzir conteúdo para qualquer plataforma, não só TV, computador ou tablet. Nosso esforço é produzir um aplicativo para acessar esse conteúdo em qualquer equipamento, inclusive em smartTV, aplicativos para tablets e celulares”, conta.

Esses materiais estão divididos em quatro temas: para ver, para estudar, para ler e para interagir. A proposta é que os professores consigam abrir os programas da TV Escola no celular ou tablet, por exemplo, exibir aos alunos e depois utilizar os jogos e simuladores produzidos a partir dos programas.

"Uma das cobranças atreladas ao UCA foi a produção de conteúdos. Há muita coisa disponível, mas não necessariamente elas estão adequadas para o uso em sala de aula. Isso dá liberdade para o professor criar seus próprios conteúdos, mas o aproveitamento será melhor se ele já tiver isso disponível, porque essa adequação exige muito tempo”, comenta.

Além disso, o MEC incluiu no Programa Nacional do Livro Didático para 2014 a exigência para as editoras de produzirem versões digitais dos livros. O material não pode ser uma simples cópia do livro impresso – algo que aconteceu bastante com a produção digital no início da popularização das tecnologias – e deve oferecer vídeos, simuladores e outras ilustrações.

Conteúdo próprio
Há dois anos, o Centro Educacional Sigma, em Brasília, decidiu iniciar uma experiência com o uso de tablets no ensino médio. A direção queria aliar ganhos ao aprendizado e diminuir a quantidade de livros nas mochilas dos alunos. A primeira dificuldade encontrada por eles foi justamente a falta de material didático adequado à ferramenta.

Não encontraram no mercado mais do que livros impressos convertidos em arquivo digital e decidiram criar os próprios conteúdos. Além dos textos, há vídeos, gráficos animados, músicas, jogos nos aplicativos que os estudantes baixam no começo do ano, antes do início das aulas. Segundo a direção da escola, o trabalho foi intenso, mas valeu a pena.

Os estudantes adquirem os tablets e os conteúdos, que hoje são usados por todas as turmas de 1º e 2º anos do ensino médio da escola. Eles não podem ficar conectados à internet durante as aulas e precisam já levar o material atualizado no tablet. Agora, os professores circulam mais pela sala para fiscalizar e interagir com os alunos do que antes.

Eli Guimarães, coordenador da área de Redação do colégio, conta que os alunos se tornaram mais interessados no conteúdo, aprendem mais rápido e fazem mais conexões entre disciplinas distintas. Para o professor, o livro passou a ser mais usado e explorado nas aulas. Além disso, a postura dos docentes mudou.

"O professor tem de ouvir mais o aluno, que confronta os conteúdos”, pondera. Ele acredita que os colégios não podem perder a oportunidade de usar a ferramenta na rotina escolar. "O aprimoramento que ele permite para o conhecimento didático impressiona. A grande mudança do modelo é a construção colaborativa do conhecimento”, define.

Mudanças positivas
Os estudantes Luís Carlos Moura Guimarães, 15 anos, Fernanda Carvalho e Luiz Philippe François Cormier de Araújo, ambos de 16 anos, contam que as experiências com tecnologias em sala de aula eram raras antes dos tablets. As televisões disponíveis em todas elas eram pouco utilizadas. Visitas ao laboratório de informática também.

Quando foram avisados de que participariam da primeira da experiência da escola com os tablets, em 2011, Fernanda e Luiz Philippe ficaram receosos. Eles temiam, apesar da familiaridade com a tecnologia, não se adaptarem ao novo modelo de aulas. "Em uma semana eu estava adaptado”, conta Luiz Philippe.

Para Fernanda, a maior vantagem foi ter "esquecido” de que estava entrando em outra fase, o ensino médio. "Deixei de me assustar com isso, estávamos envolvidos com os tablets”, diz. Agora, para eles, não dá para imaginar a rotina sem os equipamentos. Eles contam que o conteúdo é sempre atualizado, inclusive com eventos do momento.

O professor Eli lembra que essa é uma das grandes vantagens do material digital: pode ser atualizado rapidamente e de maneira simples. "As correções são importantes e também o aprimoramento. Essa agilidade de atualização é mais condizente com o que vivemos na sociedade hoje. Estamos em avaliação, mas tem sido muito positivo”, afirma.

"O material no tablet facilitou a nossa vida. Havia coisas que pareciam muito abstratas e se tornaram concretas”, afirma Luís Carlos. Processos biológicos em células, por exemplo, que podem ser assistidos em vídeos no aplicativo da escola. Eles elogiam as mudanças e garantem que, com a nova ferramenta, as aulas ficaram mais dinâmicas e atrativas.

Adaptação nas editoras
Forçadas a mudar, as editoras de livros didáticos tradicionais estão adaptando seus materiais. Nos sites da maioria das grandes produtoras de conteúdo didático, é possível encontrar espaços destinados a quem adquiriu material impresso para acessar conteúdo exclusivo. Jogos, animações e simulações são as ferramentas mais comuns.

Fernando Fonseca Junior, gerente de inovação e novas mídias da editora FTD, diz que o momento é de transição. Por enquanto, ele acredita que não é possível oferecer produtos totalmente dissociados do livro impresso. "Essa não é a realidade da maioria das escolas, a cultura também precisa mudar. Oferecemos ambientes digitais e ferramentas para ajudar o professor, simulados para o aluno fazer por celular, que sejam adicionais”, conta.

Para ele, esse é um caminho sem volta. "As pessoas já estão imersas em um mundo digital nas suas vidas pessoais, não faz mais sentido isso estar fora da sala de aula. O livro didático tem de ser relido. Nossa editora quer estar à frente desse processo e entregar novas formas de organização de conteúdo que potencializem processo de ensinar e aprender”, afirma.

http://www.ig.com.br/

Fonte: Portal iG

(Editor: Otávio Araújo)

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Matemáticos defendem didática que atraia alunos

Pesquisadores que representarão o Brasil no próximo Congresso Internacional de Matemáticos, marcado para 2014, na Coreia do Sul, avaliam que o ensino da matéria de forma lúdica é essencial para atrair os estudantes.

"A matemática às vezes assusta porque ela é vista como uma disciplina em que você tem que decorar as fórmulas para depois aplicar as regras", comenta o alagoano Fernando Codá. "Se os professores incentivassem mais a criatividade com os alunos, o lado divertido da matemática, essa imagem poderia mudar."

Pós-doutor em matemática pela Universidade de Stanford na Califórnia, Estados Unidos, Codá é pesquisador do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e professor de pós-graduação.

Para o doutor em matemática pela Universidade de Novosibirsk, Rússia, Mikhail Belolipetskiy, a oportunidade de aulas fora da grade curricular contribuiu para revelar a paixão dele pela disciplina. "Na minha experiência foi decisivo o contato com pesquisadores que ofereciam aulas extracurriculares em nossa escola.

Tudo começou no ensino médio, embora naquela época eu estivesse mais interessado em computadores e informática", lembra Belolipetskiy, que está no Brasil há dois anos e é pesquisador associado do Impa.

Os dois também destacam a importância do intercâmbio acadêmico como forma de alavancar as pesquisas na área da matemática no Brasil. Para Belolipetskiy, "o Brasil deve facilitar que professores e pesquisadores estrangeiros possam vir trabalhar no país". Na avaliação de Codá, o país está no caminho certo, mas é preciso mais incentivos. "É importante trazer pesquisadores de fora e mandar gente daqui para fora também para ter o intercâmbio com o que está acontecendo em outros lugares", pontua.

Junto com o pesquisador associado do Impa Mikhail Belolipetskiy, eles foram recebidos pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, nesta terça-feira (20).

Pesquisas
Durante o congresso internacional na Coreia, Fernando Codá vai falar como plenarista sobre seu último trabalho, a Conjectura de Willmore. "É um problema que estava sem solução desde 1965, que a gente conseguiu confirmar recentemente", explica.

O trabalho envolve cálculos para configurar objetos tridimensionais parecidos com pneus, com um buraco no meio, cujas curvas apresentam uma energia elástica natural. A descoberta vai refinar os modelos biológicos de comportamento das membranas celulares, por exemplo.

Com a pesquisa, Codá é apontado pela comunidade matemática internacional como candidato à Medalha Fields, juntamente com o pesquisar Artur Ávila. Considerado o equivalente ao Nobel da área, o prêmio é restrito a matemáticos com menos de 40 anos.

Mikhail Belolipetskiy, por sua vez, vai expor seu trabalho em complexidade e simetrias de variedades hiperbólicas. "Estas variedades vivem em dimensões altas e são muito difíceis de visualizar, mas podemos estudá-las através de métodos matemáticos", conta. Segundo explica, as propriedades dos espaços hiperbólicos são importantes para estudos na física teórica e na biologia, por exemplo.

O terceiro palestrante da instituição brasileira, VladasSidoravicius, conta que trabalha com sistemas considerados muito complexos, que podem ajudar a explicar, a longo prazo, fenômenos na medicina e na área computacional, entre outras.

Sistemas dinâmicos e combinatória
Carlos Gustavo Moreira, que não pôde estar na reunião hoje, também faz parte do grupo que participará do congresso. O pesquisador tem experiência na área de matemática, com ênfase em sistemas dinâmicos, combinatória e aproximações diofantinas, e possui uma longa trajetória de formação no Impa.

Graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, o matemático deu continuidade aos estudos no instituto, onde fez mestrado e doutorado, no início dos anos 1990, e hoje atua como pesquisador titular.

Moreira é membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e coordenador-geral da Comissão de Olimpíadas de Matemática da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), entidade da qual integra o conselho diretor. É também membro afiliado da Academia de Ciências para o Mundo em Desenvolvimento (Twas, na sigla em inglês).

Realizado de quatro em quatro anos pela União Internacional de Matemática, o Congresso Internacional de Matemáticos é o principal evento dessa área do conhecimento. Nele é que se concede a Medalha Fields. Até hoje, o Brasil teve 13 pesquisadores do Impa e um da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) convidados a palestrar.

Em algumas edições, o país participou do encontro com dois matemáticos. A presença de quatro pesquisadores entre os palestrantes é conseguida por pouquíssimas instituições de ensino e pesquisa, mesmo entre as de países desenvolvidos e com muita tradição em matemática.

http://www.mcti.gov.br/

Fonte: MCTI Ascom - Amanda Mendes.

(Editor: Otávio Araújo)

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA FORMAÇÃO DO CIDADÃO

Formar leitores não é tarefa fácil. É preciso que família e escola trabalhem em conjunto. O interesse pela leitura deve ser estimulado desde a infância, na família, pois é a primeira instituição, seguida pela escola. Está previsto na Lei 8069, no Estatuto da Criança e do Adolescente, entre outros direitos, o direito à cultura. Infelizmente tanto família quanto escola têm falhado com esta obrigação. É preciso que a leitura também seja adequada à idade, envolvente para que desperte a magia, a curiosidade e o prazer por ler. Jogar os livros obrigatórios em uma mesa de sala de aula não é a melhor forma, ao contrário, a má vontade e a obrigatoriedade não geram prazer.

O hábito da leitura é um processo longo quando não criado na infância, e o que se vê em muitas escolas públicas é o descaso em relação à formação de leitores. Cabe aos pais e professores criar esse hábito, buscar os meios e as formas, ao invés da omissão, para despertar o interesse da criança e do adolescente. Segundo José Breves Filho “uma boa leitura restaura a dimensão humana e atua como um organizador da mente, nutrindo o espírito e aguçando a sensibilidade“. É dado mais valor à gramática do que ao pensamento do aluno. Eu já presenciei isso: um aluno escreveu uma história fantástica e teve nota baixíssima pela quantidade de erros de português. O professor deve ser sensível ao lado literário. Não que a correção gramatical não seja importante, mas é preciso valorizar para não deixar marcas profundas. Um bom exemplo de valorização é a obra de Ziraldo com “Uma professora muito maluquinha“.

O professor tem que ser um desafiador. Ensinar o aluno não só a ler, mas a escrever suas idéias, pensamentos, como no filme “Escritores da Liberdade“. Piaget diz que é na adolescência que o ser humano tenta dominar os elementos que lhe faltam para a razão adulta. Defendo a leitura como ponto de partida para uma vida adulta normal, prazerosa, na convivência com a sociedade. Saber driblar com as diferenças, pois a leitura transforma o indivíduo e sua possibilidade de escolha é bem mais racional. A função da literatura é formar a criança em um adulto capaz de enfrentar a vida. É na infância que a criança aprende a fazer suas escolhas, e uma boa literatura vai lhe dar sustentabilidade. Primeiro ela é ouvinte, e é perceptível o prazer que sente ao ouvir uma historinha, querendo participar. Quando aprende a ler, procura por conta própria a que lhe agrada. Na primeira fase os pais são responsáveis por este futuro leitor, e a preguiça de contar uma história pode ter resultados surpreendentes na vida adulta.

Se os pais se utilizarem da literatura, que é vasta, para o crescimento cultural e na formação de um cidadão, com certeza não estarão na adolescência de seus filhos em consultórios psiquiátricos, clínicas para drogados entre tantas outras desgraças. Um simples gesto transformador (que é o de contar uma história, mostrar o caminho da literatura e transformá-lo num leitor) pode ser crucial na formação do filho. Vejo na literatura um remédio para uma sociedade doente como é a nossa. Um remédio natural, e sem contra indicações, que deve ser oferecido à criança com prazer e dedicação. Jamais como obrigação, pois a literatura é indispensável para o desenvolvimento.

É urgente a necessidade de uma nova proposta de ensino de literatura nas escolas, além de banir de vez o sistema arcaico, de leituras impostas. Descobrir o que o aluno quer ler é fundamental, pois cada leitor é único em suas experiências. É na literatura que tudo é permitido. Se você ama seu filho, faça com que ele seja um leitor. A criança é como uma esponja: dependendo do que apresentarmos a ela  é que será o que vai absorver: “água suja ou água limpa”.

A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA FORMAÇÃO DO CIDADÃO, pelo viés da colaboradora Marielsa Klatter Braga. Marielsa é advogada e escritora e em breve lançará um livro intitulado “Violino Vermelho”.

(Editor: Otávio Araújo)

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Redenção: Escola Palma Muniz comemora Dia do Folclore






Alunos do Ensino Fundamental da Escola Palma Muniz, de Redenção (PA), participaram, nesta sexta-feira (23), de uma manhã artística em comemoração ao Dia do Folclore. Os alunos foram divididos em grupos e participaram da gincana com apresentações de danças e, alternadamente, cantaram o Hino Nacional Brasileiro. Os jurados avaliaram os melhores grupos.

“Os alunos participaram ativamente das apresentações ao Dia do Folclore e ainda comemoram o Dia do Estudante. As atividades extraclasses são importantes para os alunos se interagirem com os demais, pois geralmente, somente se encontram na chegada à escola, recreio e na saída. As interações através das atividades pedagógicas, culturais e esportivas são importantes para a formação cidadã dos alunos”, citou a diretora Lílian Borges, que acompanhou de perto as atividades culturais dos alunos.

Folclore brasileiroO folclore brasileiro, segundo o Capítulo I da Carta do Folclore Brasileiro, é sinônimo de cultura popular brasileira, e representa a identidade social da comunidade através de suas criações culturais, coletivas ou individuais; é também uma parte essencial da cultura do Brasil. Embora tenha raízes imemoriais, seu estudo sistemático iniciou somente em meados do século XIX, e levou mais de cem anos para se consolidar no país. A partir da década de 1970 o folclorismo nacional definitivamente se institucionalizou e recebeu conformação conceitual.
Sendo composto por contribuições as mais variadas - com destaque para a portuguesa, a negra e a indígena - o folclore do Brasil é extremamente rico e diversificado, sendo hoje objeto de inúmeros estudos e recebendo larga divulgação interna e internacional, constituindo, além disso, elemento importante da própria economia do Brasil, pela geração de empregos, pela produção e comércio de bens associados e pelo turismo cultural que dinamiza. (Wikipédia, a enciclopédia livre). 

(Editor: Otávio Araújo)

Marabá: Projeto paraense de educação integral tem reconhecimento internacional

Dentro do Galpão de Artes de Marabá, no Pará, o projeto Rios de Encontro beneficia mais de 100 crianças e adolescentes com o objetivo de aliar arte, sustentabilidade e a cultura local à educação integral. Desde o início, o grande foco da iniciativa foi fortalecer a memória, cultura e a história do bairro do Cabelo Seco, ocupado tradicionalmente pela população afro-indígena e ribeirinha.

O grupo Latinhas de Quintal se destaca entre as ações. Responsável por preparar gestores culturais e coordenadores comunitários, ajudou o projeto a ganhar reconhecimento nacional e internacional. Em 2011, o Rios de Encontro foi um dos vencedores nacionais do Prêmio Itaú-Unicef pelo seu protagonismo juvenil, que transformou um bairro excluído e discriminado em exemplo e referência de educação integral. "Este reconhecimento foi muito importante para que a cultura popular local se integrasse à cultura escolar”, comenta Dan Baron, coordenador do projeto que já foi convidado a participar de mesas redondas e oficinas de formação em encontros regionais de gestão social em Belém, de educação do campo em João Pessoa e Fortaleza, e para a Cátedra UNESCO sobre educação popular. Em 2012, o projeto ganhou o prêmio Agente Jovem de Cultura, do Ministério da Cultura.

Os reconhecimentos nacionais ampliaram as possibilidades de crescimento do projeto, que culminou em um prestígio internacional. Este ano, as ações de dança e de produção musical do grupo Latinhas de Quintal foram apresentadas para lideranças políticas e gestores de cultura e educação de 47 países, durante Encontro da Aliança Mundial pela Arte e Educação, promovido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), na Alemanha. Reunidos para discutir o papel da arte-educação na gestão de cidades criativas e de futuros sustentáveis, o projeto Rios de Encontro foi um dos exemplos demonstrados de ação socioeducativa. "Apresentamos um vídeo sobre a proposta cultural e educativa do projeto. Todos ficaram impressionados com a atuação dos jovens artistas, como gestores e lideranças de sua comunidade e escola”, comenta Dan.

Para Maria Amabile Mansutti, coordenadora técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), o reconhecimento do projeto Rios de Encontro demonstra que as ONGs brasileiras estão mais conscientes sobre o seu papel e, por isso, estão buscando aprimorar as práticas. "Os gestores das organizações estão mudando de uma postura inicialmente assistencialista e avançando no aspecto da garantia dos direitos. Temos nos surpreendido com o grau de inovação e criatividade apresentado nos projetos do Prêmio Itaú-Unicef”, salienta Amabile que faz parte da equipe avaliadora do prêmio. "Hoje, a maioria das ONGs entendem que são parte de uma rede de oferta de educação integral de qualidade”, diz.

O Prêmio Itaú-Unicef, realizado pela Fundação Itaú Social e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), foi pioneiro em dar visibilidade ao trabalho de ONGs que contribuem, em articulação com políticas públicas de educação e assistência social, para a educação integral de crianças e adolescentes que vivem em condições de vulnerabilidade. A iniciativa está na 10ª edição e recebeu 2.713 inscrições de projetos socioeducativos.

http://www.fundacaoitausocial.org.br/acontece/newsletter /edicao-n-45-julho-2013-nota-1.html
(Fonte: Fundação Itaú Socia)

(Editor: Otávio Araújo)

Informações da escola on line

A Escola de Ensino Fundamental Palma Muniz, de Redenção, conta a partir de hoje, sexta-feira (23), de uma mídia para divulgar suas atividades pedagógicas.

A diretora Lílian Borges acredita nesse novo projeto da escola, que tem como objetivo informar aos alunos e professores sobre tudo que acontece na escola além de outras informações educacionais do município de Redenção, Estado do Pará e do Brasil.

"É importante que os professores e alunos usem essa mídia para expor suas atividades pedagógicas, como aulas especiais, trabalhos diversos e até as fofocas saudáveis", a direção.

O blog está somente começando e com a colaboração de todos em breve está completo para informar aos internautas.