terça-feira, 29 de outubro de 2013

CDH APROVA REDUÇÃO DE IDADE PARA ATENDIMENTO EM CRECHE E PRÉ-ESCOLA

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) deverá ser modificado para reduzir de 6 para 5 anos a idade limite para atendimento de crianças em creches e pré-escolas. A mudança foi aprovada nesta quarta-feira (23), em caráter terminativo, pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

Atualmente, o ECA determina o atendimento a crianças de até 6 anos na educação infantil. A redução da faixa etária desse público, proposta em projeto de lei (PLS 412/08) do ex-senador Flávio Arns, ajusta o estatuto aos termos da Emenda Constitucional nº 53 de 2006, que baixou de 6 para 5 anos a idade máxima para atendimento em creche e pré-escola. A Emenda 59 de 2009 estabelece que o Estado deve oferecer, gratuitamente, educação básica para crianças a partir de 4 anos de idade.

Ao recomendar a aprovação do PLS 412/08, a relatora, senadora Ângela Portela (PT-RR), observa que a redução no teto de idade da educação infantil tem por contrapartida o aumento (em um ano) do tempo do ensino fundamental obrigatório, etapa de educação que demanda do Estado a oferta de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

"O projeto concorre, dessa forma, para aprofundar o compromisso do Estado com a oferta de educação, meio essencial ao desenvolvimento humano, ao preparo para o exercício da cidadania e à qualificação para o trabalho”, avalia a parlamentar.

Se não houver recurso para votação pelo Plenário do Senado, a matéria seguirá para a Câmara dos Deputados.

http://www12.senado.gov.br/noticias

(Editor: Otávio Araújo)

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Inclusão: o valor da palavra

A terminologia para se referir às pessoas com deficiência foi mudando de acordo com o que se entendia sobre o tema. Saiba o que dizem os especialistas e navegue pela linha do tempo interativa

Palavras como "inválido", "defeituoso" e "incapaz" hoje soam terrivelmente pejorativas e desrespeitosas aos nossos ouvidos quando nos referimos a pessoas com deficiência. Antigamente, no entanto, elas compunham a nomenclatura vigente e eram utilizadas de forma natural em conversas e textos, como leis e matérias de jornal. Ao longo dos anos, esses termos foram sendo substituídos por outros, chegando a "pessoas com deficiência" - atualmente adotado por órgãos oficiais e recomendado por especialistas.

Longe de caminhar sozinha pelo tempo e ser escolhida ao gosto do falante, a nomenclatura de inclusão -- aquela usada para se referir a pessoas com qualquer tipo de necessidade especial -- acompanha a evolução do que se entende por deficiência. E, portanto, cada mudança de terminologia agrega um valor diferente à palavra. "Essa nomenclatura e seu valor refletem a cultura do momento. Nem sempre a mudança é para melhor e ela pode até significar uma regressão", explica Romeu Kazumi Sassaki, consultor de inclusão há mais de 50 anos e autor de diversos artigos sobre o tema.

Para os especialistas no assunto, a discussão sobre terminologia é muito importante, porque mostra os avanços na forma como as pessoas com deficiência são vistas pela sociedade da qual fazem parte. "Quando você muda o modo de falar sobre alguém, de nomear alguém, você também muda o comportamento em relação àquela pessoa", explica a professora Rossana Ramos, doutora em linguística e autora do livro Inclusão na Prática: Estratégias Eficazes para a Educação Inclusiva (Ed. Summus, 128 págs.).

"Politicamente correto" não deve motivar mudança
Ainda que a mudança de terminologia vise deixar claro o conceito de deficiência e fugir do preconceito, algumas pessoas ainda confundem a transformação com o politicamente correto. A jornalista Cláudia Werneck, autora de 14 livros sobre inclusão e superintendente da Escola de Gente, organização que promove projetos de comunicação inclusiva, é enfática sobre isso. "Eu sou contra o politicamente correto. Eu trabalho com o inclusivamente correto", diz. Essa confusão pode levar a criação de eufemismos, bons exemplos da má compreensão do conceito. "A pessoa entende a deficiência quase como um castigo, mas não quer que ninguém saiba disso e começa a criar metáforas", explica. Um dos exemplos é o termo "pessoa especial". "Em termos de política pública de Estado democrático, toda pessoa é uma pessoa de direito e não um ser especial. É preciso entender que as pessoas com deficiência têm necessidades específicas inerentes à deficiência", explica Cláudia.

O consultor Romeu Sassaki entende que os eufemismos podem nascer com uma boa intenção, procurando diminuir o impacto da palavra deficiência, mas, no fundo, terminam sendo uma camuflagem para a realidade. Além disso, eles não são exclusivos para as pessoas com deficiência. "Os eufemismos não conseguem atingir o objetivo de dar um nome correto àquele grupo, não o caracteriza em relação aos demais grupos", diz o consultor.

A hora certa de usar
Depois de se familiarizar com a terminologia mais aceita, é preciso também saber quando usá-la para não cair na rotulação. "Quando você coloca a deficiência na frente da pessoa, você a está rotulando", diz Daniela Alonso, psicopedagoga e selecionadora do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10. Frases como "cego ganha na loteria" em uma notícia seria um exemplo, já que o fato de a pessoa ter deficiência visual não é o mais importante para o texto. Por isso, é necessário contextualizar sobre o que se está falando para dizer que alguém é uma pessoa com deficiência.

Após toda essa discussão, é importante lembrar que a nomenclatura de inclusão é mutável e a escolha desta ou daquela palavra traz consigo um valor. Evitar termos já superados ajuda a não propagar preconceitos, ainda que por desconhecimento. "A linha do tempo mostra as mudanças que ocorreram e não necessariamente que a sociedade aprendeu a não usar os que foram superados", diz Sassaki.

Fonte: Revista Gestão Escolar - Raissa Pascoal

(Editor: Otávio Araújo)

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

DIRETORES DE ESCOLAS ESTADUAIS SERÃO DEFINIDOS PELA COMUNIDADE EM 2015

Santa Catarina não terá mais indicação política para cargos de diretores das Escolas estaduais. O decreto com a mudança de modelo será assinado hoje pelo governador Raimundo Colombo. Apesar da alteração, a efetiva participação de Professores, Alunos e pais no processo de escolha da direção ocorrerá apenas em 2015.

Pelo decreto, os novos diretores serão escolhidos com base em um plano de gestão que deve ter como foco o acesso, a permanência e a aprendizagem dos Alunos. Este projeto será analisado por uma banca de consultores, especialistas em gestão Escolar. Aqueles que atenderem a critérios técnicos seguem para a votação da comunidade, o que está previsto para ocorrer em outubro de 2015.

Segundo o secretário de Educação, Eduardo Deschamps, a eleição é uma maneira de estimular mais a participação dos responsáveis na vida Escolar dos filhos. A mudança vem pôr um fim num modelo ultrapassado que coloca Santa Catarina como o estado que mais tem diretores indicados politicamente.
De acordo com dados da Prova Brasil 2011, 86% de diretores de colégios estaduais assumiram o cargo por essa prática, que é mantida em apenas seis estados.

Fonte: Jornal de Santa Catarina (SC)

(Editor: Otávio Araújo)

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR

Toda pessoa já teve, pelo menos, um Professor, alguém que lhe tenha ensinado a arte de viver ou a de fazer algo. Figura muito respeitada em outros tempos, perdeu seu valor com o passar dos anos. Os pretendentes a exercer a docência ficaram desmotivados com a desvalorização generalizada que acometeu essa função. Vestibulandos só fazem opção por alguma licenciatura quando o nível da concorrência para outros cursos indica a quase impossibilidade de sua aprovação.

A presença da curiosidade em nossa vida é inevitável. Queremos conhecer o mundo que nos rodeia desde tenra idade. Ato contínuo, participamos do Ensino sistematizado pela Escola. Piaget já dizia: "A inteligência é um produto do potencial inato em interação com o ambiente”. Assim crescemos, desvendando o desconhecido e ampliando nossa capacidade intelectual, tendo o Professor como figura-chave desse processo.

Quem foi Professor, há uns 30 anos, sabe o quanto era respeitado esse profissional. Os valores eram outros. Todos sabiam cantar o nosso Hino Nacional, além de se comportar adequadamente ao ouvi-lo. Arrepiava-se. Ainda não haviam estragado tanto nossa pátria e os nossos jovens. Mas o grande respeito ao Professor vinha das famílias, hoje desmanteladas. Inúmeros fatores deram sua contribuição nesse item: emancipação feminina; ausência dos pais na vida dos filhos; separação constante dos casais; nenhuma referência para os filhos; aprovação automática em Escolas públicas (grande pecado do sistema), gerando falta de estímulo para dar sequência aos estudos.

E o Professor, que nesse meio-tempo foi até cognominado de trabalhador do Ensino, via esvaziar, a cada dia, sua mais significativa função, a de Educador. Essa trajetória ultrapassou uma década. Desmoralizados pelo sistema e desmotivados com os baixíssimos salários, alguns se aposentaram, outros mudaram de profissão. Como a cobrança de conhecimentos é irrisória tanto no Ensino fundamental como no médio, caiu o interesse pelos estudos e, lamentavelmente, pelo Ensino.

O Aluno quer apenas o documento de sua conclusão para lançar medíocres voos na área do trabalho ou ingressar na universidade com bagagem mínima para encarar estudos superiores, sem qualquer base cognitiva nem hábito de estudo.

Com o avanço da tecnologia e a era do conhecimento ganhando força, cresceu também a criação e a valorização de cursos voltados para essa realidade tecnológica. Em contrapartida, cada vez mais, as licenciaturas foram se esvaziando, até ser eliminadas da oferta de várias faculdades por falta de Alunos para compor uma turma.

Conscientes da importância do mundo tecnológico, a visão holística necessária a todos os profissionais exige a base que não vem sendo trabalhada pelos Ensinos fundamental e médio, o que compromete a qualidade do trabalho realizado em várias áreas. Além disso, a formação dos valores humanos não faz parte da prática da Escola, somente aparece no projeto pedagógico e em tímidas atividades durante o período letivo.

Assim, aos Professores que encaram a tempestade da sobrevivência, atuando no Ensino público, os cumprimentos de uma Educadora de meio centenário na função, que vê a arte de educar tão sublime e bela quanto a vida.

Graduada em letras e pedagogia, mestre em língua portuguesa - Dalva Soares Gomes de Souza.

Fonte: Estado de Minas (MG)

(Editor: Otávio Araújo)

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Prêmio Professores do Brasil Experiências pedagógicas devem ser inscritas até 30 de outubro

Professores da educação básica que tenham desenvolvido experiências pedagógicas bem-sucedidas nas escolas podem participar do 7º Prêmio Professores do Brasil, promovido pelo Ministério da Educação. As inscrições estão abertas até 30 de outubro. Nesta edição, serão selecionados até 40 trabalhos, oito por região do país.

Para incentivar os educadores a participar do prêmio, o coordenador-geral de tecnologias da educação da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Maurício de Almeida Prado, esclarece que a experiência não precisa ser inédita ou inovadora, mas deve estar bem fundamentada, ser bem executada, bem-sucedida e ter produzido impacto na aprendizagem. "É esse tipo de projeto que o ministério quer conhecer, avaliar e premiar”, explica o coordenador. Até terça-feira, 17, 301 educadores tinham feito inscrição. A expectativa do MEC é ultrapassar três mil participantes.

Os autores dos trabalhos receberão R$ 6 mil, troféus e certificados. Os primeiros colocados em cada uma das oito subcategorias, que serão conhecidos apenas no dia da premiação, terão um adicional de R$ 5 mil. As escolas em que foram desenvolvidas as experiências vencedoras ganharão placa comemorativa.

Podem concorrer ao prêmio professores em exercício nos sistemas públicos de ensino e em instituições comunitárias, filantrópicas e confessionais que mantenham convênio com as redes públicas de educação básica. Os educadores devem relatar projetos com resultados comprovados durante o ano letivo de 2012 ou de 2013, desde que tenham sido fechados até a data de início das inscrições.

As experiências, conforme o regulamento, concorrem nas categorias temas livres e temas específicos. A primeira, abrange as subcategorias educação infantil; séries–anos iniciais do ensino fundamental; séries–anos finais do ensino fundamental; ensino médio. As subcategorias de temas específicos são educação integral e integrada; ciências para os anos iniciais; alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental; educação digital articulada ao desenvolvimento do currículo. Cada educador só pode concorrer com um trabalho.

Inscrição — Na primeira etapa do processo de inscrição, o professor preenche o formulário e o envia pela internet. O relato da experiência é enviado pelos Correios — Sedex ou correspondência normal, com aviso de recebimento. Nos dois casos, o prazo final é 30 de outubro.

Com o relato, segue cópia de documento de identidade e do CPF; atestado da secretaria da escola na qual o projeto foi desenvolvido de que o professor está no efetivo exercício da atividade docente; fotografias e recortes de jornais ou revistas nas quais o trabalho tenha sido divulgado.

No momento de descrever o trabalho, os educadores devem prestar atenção aos critérios de avaliação — clareza e objetividade do relato e do conteúdo, respeito às normas da língua portuguesa, consistência pedagógica e conceitual, atendimento aos objetivos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) em itens como sucesso escolar e qualidade da aprendizagem dos estudantes, permanência na escola, inclusão social, racial e digital.

O trabalho e os documentos devem ser enviados para: Prêmio Professores do Brasil – 7ª edição. Programa Núcleo de Estudos de Ciência e Matemática (Pronecim). Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça. Rua Ildefonso Simões Lopes, 2.791, Bairro Sanga Funda. CEP: 96060-290, Pelotas (RS).

Nas duas primeiras edições do prêmio, em 2005 e 2007, participaram professores da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental. Em cada edição, houve 20 projetos ganhadores. A partir de 2008, o prêmio foi estendido a toda a educação básica. O número de selecionados subiu para 40.

O regulamento e todas as informações para os concorrentes estão na página do 7º Prêmio Professores do Brasil na internet.

Fonte: Portal MEC

(Editor: Otávio Araújo)

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Escola do futuro vai desconsiderar idade dos alunos ao montar as turmas

As escolas deveriam se preocupar menos com exames, com uma grade fechada de disciplinas e com a idade dos alunos.

Essas são algumas das observações de um grupo de especialistas em educação reunidos em um encontro sobre educação do futuro chamado Learning 2030, que aconteceu em Waterloo, no Canadá.

O evento foi promovido pela Waterloo Global Science Initiative. A ideia foi discutir como será, em 2030, a chamada high school (ensino médio) de quem está nascendo agora em 2013.

Os especialistas que participaram do evento afirmam que a "escola do futuro” vai agrupar alunos por áreas de interesse a partir da high school.

A ideia é que as turmas –de até 30 alunos por professor– sejam formadas com base em critérios muito diferentes da idade dos meninos.

Por exemplo, uma turma de física reuniria alunos de 15 a 18 anos de acordo com o interesse dos estudantes pela disciplina.

Os meninos estariam juntos porque têm mais ou menos as mesmas aptidões e não porque têm a mesma idade.

Esse tipo de experiência já vem sido realizada com sucesso em algumas escolas inovadoras dos EUA.
No Brasil, algumas escolas particulares adotam a proposta de juntar alunos de todo o ensino médio em cursos extracurriculares. Mas essas instituições ainda são exceção.

MAIS TECNOLOGIA
O grupo canadense também defende que as escolas invistam mais em novas tecnologias em sala de aula, já que as tecnologias são irreversíveis. E são mesmo.

Dados da Pnad, pesquisa do IBGE divulgada na semana passada, mostram que a partir do 7º ano a maioria dos alunos brasileiros já tem celular.

Na rede privada de ensino, a maioria tem celular já no 4º ano. Estão conectados à internet, cansados de lousa e giz.

Os especialistas do Canadá afirmam ainda que o professor deve ter mais autonomia. Ensino apostilado? Nem pensar!

O que você acha? A idade é um fator crucial na formação de uma turma ou os grupos deveriam ser montados a partir do interesse dos estudantes? Deixe seu comentário!

http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2013/10/07/escola-do-f uturo-vai-desconsiderar-idade-dos-alunos-ao-montar-as-turmas/

Fonte: Folha de S. Paulo

(Editor: Otávio Araújo)

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Professor fatura R$ 15 mil por mês vendendo DVD de matemática nas ruas

Frustrado com uma negativa do MEC (Ministério da Educação) em adotar nas escolas do país seu método de "matemática simples" no início dos anos 1990, o professor de matemática William Martins Barbosa, 50, abandonou as salas de aula, gravou uma série de vídeos e começou a vender DVDs com suas lições de matemática nas ruas das capitais brasileiras.

Segundo ele, fatura R$ 15 mil mensalmente com a comercialização de 50 unidades, R$ 10 cada. Com isso, obtém um lucro líquido de aproximadamente R$ 10 mil por mês. Com um assistente, que oferece o DVD às pessoas que assistem à "aula pública" da "matemática fácil", em grandes aglomerações dos centros urbanos, Barbosa trabalha diariamente de 10h às 19h.

"Viajo muito. Trabalho em São Paulo, no Rio, e em outras capitais. Mas só em cidades grandes. Dá para vender até mais de 50 DVDs por dia", afirma o professor, formado pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

Suas aulas de dois, três ou quatro minutos nas ruas atraem muitos interessados.

Na segunda-feira (30), na avenida Amazonas, centro de Belo Horizonte, uma plateia de cerca de dez pessoas ouve atenta as dicas da "matemática simples".

Dois ou três compram o DVD. Havia também clientes assíduos na platéia que se formava e se dissolvia, num intervalo de poucos minutos.

Provas no Sesi
Cliente do professor, o aposentado José Soares Reis Júnior é informado por Barbosa que há uma nova versão das aulas. Ele fica satisfeito e adquire mais dois DVDs da coleção "matemática fácil", dividida em duas: quatro DVDs cada uma delas.

"Levei os DVDs para o meu sobrinho. Isso o ajudou a passar na prova para entrar no Sesi (Serviço Social da Indústria)", afirma o aposentado. O menino de dez anos, explica Reis Júnior, enfrentou uma disputa acirrada para poder frequentar a escola do fundamental do Sesi, em Belo Horizonte.

"O DVD foi fundamental para ele passar. Ajudou muito mesmo", diz. O criador da "matemática fácil" sorri. Fica satisfeito com o comentário do cliente. "A maneira mais fácil para que uma pessoa comece a caminhar com as próprias pernas é entendendo as coisas, que têm de ser simples", diz o professor.

Do MEC às ruas
Barbosa formou-se em matemática na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) em 1986. Deu aulas da disciplina em cursinhos preparatórios do vestibular e para concursos públicos durante sete anos. A partir daí, começou a ministrar aulas particulares em casa.

Nessas aulas, aperfeiçoou seu método. O professor consolidou e sistematizou o método num projeto encaminhado ao Ministério da Educação, em 1992. "Passei seis meses em Brasília, fazendo reuniões e pulando de sala em sala. Eles falavam que o projeto era ótimo, falavam que queriam o projeto para os filhos, mas acabaram arquivando tudo", afirma o professor.

Nessa época, entre 1992 e 1993, Barbosa começou a gravar os primeiros DVDs e começou a venda nas ruas. "Queria que fosse para todo mundo. Mas eles não aprovaram. Vou divulgando em cidades grandes mas podia ser uma coisa muito maior", lamenta.

http://www.uol.com.br/

Fonte: Do UOL, em Belo Horizonte - Carlos Eduardo Cherem.

(Editor: Otávio Araújo)

terça-feira, 8 de outubro de 2013

VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO

Os governadores dos estados estão indo na contramão do que pediam inúmeros manifestantes que foram às ruas em junho deste ano: uma Educação de qualidade. São diversos os fatores para chegarmos a uma Escola de referência. Entre eles está a valorização dos Professores. A lei do piso do magistério foi um avanço. Em 1988, a Constituição Federal já previa esse dispositivo; no entanto, somente em 2008 ele foi regulamentado.

Desde então, houve questionamentos judiciais para barrar essa conquista. A categoria obteve vitórias importantes, inclusive no Supremo Tribunal Federal. Mais uma vez há uma tentativa de golpe para não fazer valer a lei.

O piso pago aos Professores é calculado de acordo com a variação do gasto por estudante do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação básica e Valorização dos Profissionais do Magistério (Fundeb). Para 2014, a estimativa é que o percentual de reajuste fique em aproximadamente 19%, passando de R$ 1.567 para R$ 1.865. Defender o reajuste de apenas 7,7%, como querem os governadores dos estados, é retroceder.

Antes da lei do piso, havia municípios que pagavam apenas um salário mínimo por 40 horas semanais. Com ela, começou a existir uma política de resgate do magistério porque os reajustes têm sido acima da inflação. Mesmo com esse ganho, o salário desses profissionais ainda é muito aquém do que deveria ser.
Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelam que, de 47 profissões de nível superior, os Professores estão em 46º lugar quando o quesito é salário. A média salarial no Brasil na rede municipal é de R$ 2 mil por mês. Na estadual, R$ 2,6 mil. Na Coreia do Sul, o valor chega a R$ 8 mil mensais. Nos Estados Unidos, R$ 10 mil. Uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) - que terá sua votação concluída até o fim de 2013 - estabelece que, em 6 anos, a remuneração média dos Professores seja duplicada. Caso a meta do PNE já estivesse vigorando, a remuneração média do Professor no País seria em torno de R$ 4 mil.

O Brasil não terá uma "Educação padrão Fifa” se não valorizar os profissionais dessa área. A população que foi às ruas em junho já entendeu essa importância. É preciso agora que os governadores tenham esse mesmo entendimento e avancem nas políticas de valorização do magistério.

Fonte: O Povo (CE) - Artur Bruno.

(Editor: Otávio Araújo)

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Educação Indígena: Instituições podem propor cursos para a formação de professores

Instituições públicas federais e estaduais de educação superior podem apresentar ao Ministério da Educação propostas de cursos de formação específicos para professores indígenas. A oferta deve abranger cursos de licenciatura para os anos finais (sexto ao nono) do ensino fundamental e para o ensino médio e de pedagogia intercultural, que prepara o profissional para lecionar na educação infantil, nos anos iniciais (primeiro ao quinto) do ensino fundamental e para a supervisão escolar.

O edital do Programa de Formação Superior e Licenciaturas Indígenas (Prolind) de 2013 traz como novidades o lançamento do curso de pedagogia intercultural e a exigência de que a instituição de educação superior elabore a proposta de curso com as comunidades a serem atendidas. Terão prioridade projetos que também contemplem a produção de material didático para as escolas. Cada instituição pode apresentar proposta de um ou de vários cursos que atendam a distintos grupos étnicos.

Até 18 de outubro, devem entregar os projetos as instituições que já enviaram representantes às comunidades indígenas e obtiveram a manifestação explícita de interesse pelo curso e que tenham firmado convênio ou acordo de cooperação com as redes de educação básica pública dos estados a serem contemplados e com as escolas indígenas.

Até 20 de abril de 2014, a apresentação das propostas deve ser encaminhada pelas instituições que ainda não mantiveram contato com as comunidades ou não assinaram convênio com as redes.

Recursos — Tanto a elaboração de projetos de formação de educadores indígenas quanto sua execução garantem recursos do Ministério da Educação. Para elaborar projetos, o valor chega a R$ 60 mil, com prazo de 12 meses para a conclusão. Para a implantação e desenvolvimento de cursos de licenciatura e pedagogia intercultural, o máximo é de R$ 720 mil por ano. Como a formação é combinada com as atividades docentes dos professores indígenas — a pedagogia da alternância —, a duração dos cursos varia de quatro a cinco anos, conforme o número de módulos propostos pela instituição.

Inscrição — Para concorrer aos recursos do programa, as propostas de cursos devem ser enviadas por Sedex, impressas e em disquete ou CD para o Ministério da Educação – Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão – Diretoria de Políticas de Educação no Campo, Indígena e para as Relações Étnico-Raciais – Coordenação-Geral de Educação Escolar Indígena. Esplanada dos Ministérios, bloco L, anexo I, sala 405. CEP 70047-900, Brasília, DF. Deve constar, na parte externa do envelope, Edital Prolind.

Criado em 2005, o Prolind apoia a oferta de cursos de formação para educadores indígenas que integrem ensino, pesquisa e extensão e que promovam o estudo de temas como as línguas maternas, a gestão e a sustentabilidade dos territórios e a cultura dos povos. A seleção de projetos de cursos é feita por edital.

O programa é uma iniciativa do Ministério da Educação, desenvolvida pelas secretarias de Educação Superior (Sesu), de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em parceria com universidades federais, institutos federais de educação, ciência e tecnologia e instituições estaduais públicas.

O Edital de Convocação nº 2/2013 do Prolind foi publicado no Diário Oficial da União de 29 de agosto último, seção 3, páginas 81 a 84.

Fonte: Portal MEC

(Editor: Otávio Araújo)

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Indicador ruim na educação pode tornar prefeito inelegível

Projeto de lei será discutido em Brasília; texto não agrada a gestores mineiros

Estrutura. Projeto definiu que as escolas precisam ter laboratórios de informática e bibliotecas

A proposta de vincular o mandato dos prefeitos de municípios brasileiros ao cumprimento de metas na área da educação desagrada aos chefes do Executivo de cidades do interior de Minas. Segundo o Projeto de Lei de Responsabilidade Educacional (PL 7.420), que tramita na Câmara dos Deputados, em Brasília, os políticos podem ficar inelegíveis por quatro anos caso os indicadores educacionais piorem ao fim de suas gestões. O texto será tema de uma audiência pública que deve ocorrer ainda neste mês no Congresso.

Já para o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (SindRede-BH), a proposta representa um ganho para professores, pais e alunos, já que atualmente não existe nenhuma responsabilização para os prefeitos que não cumprem as diretrizes do Plano Nacional de Educação (PNE) – como atingir as médias estabelecidas nas avaliações do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O PNE venceu em 2010, e o novo tramita, desde então, no Congresso.

"Esse (PL) é um instrumento jurídico para que as famílias possam cobrar mais atenção e investimentos para o ensino público e para que os professores possam recorrer ao Ministério Público caso as metas não sejam atingidas. Hoje, dependemos da sensibilização dos gestores”, defende o diretor da entidade, Anderson Rocha. Pelo projeto de lei, os governantes não podem deixar a cidade com o Ideb menor do que o resultado obtido pela administração anterior. Apesar de também aprovar a ideia, o pesquisador do Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) José Francisco Soares critica o instrumento adotado para mensurar se a educação melhorou.

"O índice (Ideb) é formado pela média na Prova Brasil, que testa o desempenho dos alunos em matemática e leitura. O que pode acontecer é as prefeituras começarem a dificultar o acesso dos estudantes mais fracos no dia da prova”, destaca Soares. O Ideb, calculado a cada dois anos, também se baseia no Censo Escolar feito pelo Ministério da Educação (MEC) e pode ser um norteador para a elaboração de políticas públicas.

Para melhorar o desempenho dos alunos, o projeto de lei define que todas as escolas devem estar equipadas com laboratórios de informática e bibliotecas. Mas os prefeitos criticam o uso de um único termômetro para avaliar as ações dos gestores. "Tem que haver cautela quando se fala em responsabilizar os prefeitos por questões que estão além das nossas capacidades. Um município que vive da agricultura, por exemplo, pode sofrer uma queda da safra e não ter recursos para investir mais no setor (educação)”, justifica Donizete dos Santos, prefeito de Bonfinópolis de Minas, no Noroeste do Estado. Para ele, o projeto deveria ter caráter mais pedagógico do que punitivo.

Para que os prefeitos consigam cumprir as metas, o presidente da Associação Mineira de Municípios, Antônio Carlos Andrada, defende que o texto em tramitação também defina fontes de financiamento. "O projeto cria uma demanda, então tem que ter dinheiro. Se o custo para atingir as metas é de tantos milhões, tem que haver a divisão entre os entes federativos, e todos serem punidos caso os resultados não sejam alcançados”.

A proposta permite solicitar financiamento suplementar ao MEC.

http://www.otempo.com.br/

Fonte: O Tempo - ALINE LOURENÇO

(Editor: Otávio Araújo)

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Cartilha ensina brincadeiras para crianças com síndrome de Down

A organização não governamental Movimento Down, em parceria com os Correios, lançou na manhã do dia (27) uma série de cartilhas para auxiliar pais e profissionais em brincadeiras e jogos adaptados para crianças com síndrome de Down. O material, chamado TO Brincando, tem propostas pedagógicas para facilitar o aprendizado de conceitos relacionados à comunicação, ao raciocínio lógico e à percepção corporal.

CLIQUE AQUI e confira a cartilha da ONG Movimento Down http://www.movimentodown.org.br/projetos/tobrincando/

A coleção foi elaborada junto com o Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), será disponibilizada para download gratuito no portal da organização.

"O projeto nasce de uma necessidade de formação e informação de pessoas que trabalham com crianças com síndrome de Down. A gente vem trabalhando e desenvolvendo jogos comerciais a partir desse olhar. Então, a gente pensa nesse jogo como um que tenha mais acessibilidade física, visual e comunicativa”, disse a coordenadora do projeto TO Brincando, Miryam Pires.

Para Miryam Pires, o principal obstáculo enfrentado pelos pais é a falta de conhecimento sobre como educar o filho. "Fazemos workshop para famílias, para profissionais. A gente traz crianças para o atendimento aqui no IPPMG Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira. Temos mais ou menos 50 crianças em trabalho aqui”.

A coordenadora do Movimento Down, Débora Mascarenhas, informou que o atendimento às famílias é feito pela internet. "Por via do contato do portal, a gente tem em torno de 3 mil famílias acolhidas em um ano e meio. Temos 45 mil seguidores no Facebook. Então, de forma direta, ou indireta, esse conteúdo chega no Brasil e fora dele. Tem 25 países, além do Brasil, que acessam o portal do movimento”, disse, acrescentando que a organização foi criada em 21 de março de 2012, quando o Brasil comemorou pela primeira vez o Dia Internacional da Síndrome de Down.

O ator Breno Viola, que tem a síndrome, destacou a importância do projeto. "É muito bom estar contribuindo juntos com o TO Brincando. Os materiais são adaptados para pessoas com deficiência”, disse o ator, que participou do filme Colegas, que conta as aventuras de três jovens com síndrome de Down.

http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/09/capa/nacional/103469-ca rtilha-ensina-brincadeiras-para-criancas-com-sindrome-de-down.html

Fonte: Agência RAC.

(Editor: Otávio Araújo)

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Competição de matemática torna o aprendizado mais interessante

Um torneio de matemática faz parte dos recursos adotados pela Escola Estadual Ministro João Paulo dos Reis Veloso, de Dourados (MS), desde o início dos anos 1990, para estimular o interesse dos estudantes pela disciplina. A competição, chamada de Tornemática, envolve turmas desde o sexto ano do ensino fundamental até o terceiro do ensino médio.

O torneio foi criado para despertar nos alunos o gosto e o prazer pela matemática, além de desmitificar a matéria e mostrar sua importância e utilidade na solução de problemas do cotidiano. "Os alunos aprendem a olhar a matemática de uma maneira diferente, passam a vê-la além de fórmulas e decorebas e também se desprendem do livro didático”, enfatiza o diretor da instituição, José Carlos Severiano de Souza. "Projetos como esse contribuem para despertar no aluno um olhar diferenciado pela rainha das ciências, que na maioria das vezes é rotulada como algo distante e impossível de ser alcançado.”
Com licenciatura em matemática, pós-graduação em educação matemática e em gestão escolar, Souza tem experiência de oito anos como professor de matemática no ensino médio e de nove anos na direção.

A Tornemática é realizada em duas fases. Na primeira, os estudantes passam por avaliação individual, de acordo com a série. Na segunda, as questões são respondidas coletivamente. Cada equipe é composta por sete alunos, um de cada série. São premiados um estudante por série e as três equipes mais bem colocadas. Os três melhores alunos recebem prêmios especiais e o campeão geral, um notebook.

A avaliação contém 20 questões, que têm como prioridade aferir o raciocínio lógico, sem preocupação com o domínio de regras ou fórmulas. "Observamos que nem sempre aqueles alunos que tiram as melhores notas se sobressaem nesse tipo de avaliação”, ressalta o diretor.

Ampliação — Criada como uma disputa interna, a Tornemática foi ampliada a partir de 2010, por iniciativa do diretor. Ele abriu espaço para a participação de outras escolas e transformou a atividade em competição municipal. "Com a ampliação, firmamos parceria com a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) para que acadêmicos e professores formulem as questões para a prova”, revela. Outra parceria foi firmada com a Secretaria de Educação do estado para o patrocínio do projeto.

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Fonte: Portal MEC - Fátima Schenini

(Editor: Otávio Araújo)